Quais os sintomas da dengue?
A dengue é uma doença séria, mas com prevenção e diagnóstico precoce, é possível evitar complicações e garantir uma recuperação segura.
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor de outras enfermidades como zika e chikungunya. Comum em regiões tropicais, o Brasil registra casos todos os anos, por isso é importante saber reconhecer os primeiros sintomas, entender a evolução da dengue e buscar o tratamento correto o quanto antes.
Neste artigo, vamos explicar melhor o que é a dengue, quais são os sintomas mais comuns, quanto tempo dura a doença e quais remédios devem ser evitados durante o tratamento.
O que é dengue?
A dengue é causada por quatro tipos diferentes do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez, e infecções subsequentes podem ter maior risco de evolução para formas graves.
A transmissão acontece quando o mosquito Aedes aegypti, após picar uma pessoa infectada, passa a carregar o vírus e o transmite a outras pessoas por meio de novas picadas. O mosquito se reproduz principalmente em locais com água parada, como vasos de plantas, caixas d’água e pneus, o que torna a prevenção uma responsabilidade coletiva.
Quais são os sintomas da dengue?
Os sintomas costumam aparecer de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar conforme a fase e a gravidade da doença.
Os principais sinais de dengue são:
- Febre alta (geralmente acima de 38,5 °C);
- Dores musculares e nas articulações;
- Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos;
- Náuseas e vômitos;
- Cansaço e fraqueza;
- Manchas vermelhas na pele (sem coceira).
Em alguns casos, podem surgir sinais de alarme que indicam evolução para a forma grave da doença, como dor abdominal intensa, sangramentos, tontura e irritabilidade. Nesses casos, é fundamental procurar atendimento médico imediato.
Quanto tempo dura a dengue?
A fase febril da dengue dura, em média, de 2 a 7 dias. Após esse período, os sintomas podem começar a diminuir, mas o corpo ainda precisa de tempo para se recuperar totalmente.
Durante a fase de recuperação, que pode se estender por até duas semanas, é comum o paciente sentir cansaço, fraqueza e dores no corpo. O repouso e a hidratação são essenciais para evitar complicações e acelerar a melhora.
Nos casos graves, o quadro pode evoluir rapidamente, exigindo internação hospitalar para reposição de líquidos e acompanhamento clínico.
Qual remédio não pode tomar com dengue?
Um dos cuidados mais importantes é evitar o uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (como aspirina e alguns analgésicos e antigripais), além de anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno e diclofenaco.
Esses fármacos aumentam o risco de sangramentos, uma complicação potencialmente grave da dengue.
O tratamento deve sempre ser orientado por um profissional de saúde, mas geralmente inclui:
- Hidratação intensa (com água, sucos naturais e soro caseiro);
- Repouso absoluto enquanto houver sintomas;
- Além de medicamentos prescritos pelo profissional.
Jamais se automedique: o diagnóstico médico é fundamental para diferenciar a dengue de outras doenças com sintomas parecidos, como a gripe, zika e COVID-19.
Como prevenir a dengue?
A prevenção é a forma mais eficaz de combater a dengue. As principais medidas são:
- Eliminar recipientes que possam acumular água parada;
- Manter caixas d’água e reservatórios bem tampados;
- Limpar calhas e ralos com frequência;
- Usar repelente e telas de proteção;
- Denunciar locais com possíveis focos do mosquito à vigilância sanitária.
Além disso, o Ministério da Saúde iniciou a introdução da vacina contra a dengue em públicos específicos, como adolescentes em faixas etárias prioritárias, conforme disponibilidade nas redes públicas.
Quando procurar um médico
Procure atendimento médico se houver febre alta por mais de dois dias, dor abdominal, vômitos persistentes, sangramentos, sonolência ou irritabilidade. Em caso de qualquer dúvida sobre os sintomas, procure um médico para uma avaliação segura. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves.