Mãos preparando uma seringa com solução injetável, representando o uso da gentamicina no tratamento de infecções graves.

Gentamicina: o que é, indicações e principais cuidados

A gentamicina é um antibiótico usado no tratamento de infecções graves. Confira como funciona, quando é indicada e os cuidados essenciais.


O que é a gentamicina?


A gentamicina é um antibiótico da classe dos aminoglicosídeos, indicado para o tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis a esse tipo de medicamento. Ela atua combatendo microrganismos responsáveis por infecções graves no sangue, rins, pulmões, pele e outros tecidos

Por ser um antibiótico, a gentamicina deve ser administrada somente sob prescrição e acompanhamento médico, geralmente em ambiente hospitalar ou ambulatorial. O uso incorreto pode causar efeitos adversos e contribuir para o desenvolvimento de bactérias resistentes.

Como a gentamicina age no organismo?


A gentamicina age inibindo a produção de proteínas essenciais para a sobrevivência das bactérias, o que leva à eliminação do microrganismo causador da infecção.

Após a aplicação, o medicamento é rapidamente absorvido — quando administrado por via intramuscular, atinge o pico de concentração no sangue entre 30 a 60 minutos. O início da ação depende da via de uso: pode ser imediato em aplicações intravenosas e ocorrer em cerca de meia hora na aplicação muscular.

Indicações da gentamicina


A gentamicina é indicada no tratamento de diversas infecções bacterianas, especialmente quando outros antibióticos não são eficazes. Entre as principais indicações estão:

  • Infecções no sangue, como septicemia e bacteremia (incluindo sepse neonatal);
  • Infecções do sistema nervoso central, como meningite;
  • Infecções dos rins e trato urinário;
  • Infecções respiratórias e gastrointestinais;
  • Infecções de pele, ossos e tecidos moles, incluindo queimaduras e feridas infectadas;
  • Infecções intra-abdominais, como peritonite;
  • Infecções oculares causadas por bactérias sensíveis.

O uso deve sempre ser orientado por um médico, que avaliará o tipo de bactéria envolvida, a gravidade da infecção e as condições de saúde do paciente.

Como a gentamicina é administrada?


A via de administração depende da localização e da gravidade da infecção. A gentamicina pode ser aplicada de forma:

  • Intramuscular (no músculo);
  • Intravenosa (na veia);
  • Subconjuntival ou subcapsular (em casos oculares graves, sob supervisão médica);
  • Por nebulização ou instilação intratraqueal direta, em situações específicas.

O tratamento normalmente dura de 7 a 10 dias, mas pode variar conforme a resposta do paciente. Durante o uso, é essencial o monitoramento da função renal e auditiva, pois o medicamento pode causar toxicidade em doses elevadas ou tratamentos prolongados.

Possíveis efeitos colaterais


Como outros antibióticos aminoglicosídeos, a gentamicina pode causar reações adversas, especialmente quando utilizada por longos períodos ou em doses altas. Os principais efeitos incluem:

  • Toxicidade renal, com alterações na função dos rins;
  • Toxicidade auditiva e vestibular, que pode causar tontura, zumbido e perda de audição (em alguns casos, irreversível);
  • Náuseas, vômitos e perda de apetite;
  • Reações alérgicas, como coceira, urticária e inchaço;
  • Alterações em exames laboratoriais (função hepática e eletrólitos).

Caso surjam sintomas como tontura, zumbido, perda auditiva ou redução na urina, o médico deve ser comunicado imediatamente.

Cuidados e contraindicações


A gentamicina é contraindicada em pacientes com histórico de alergia a aminoglicosídeos (como amicacina, neomicina ou canamicina). O medicamento deve ser usado com cautela em pessoas com insuficiência renal, distúrbios neuromusculares (como miastenia gravis e Parkinson) e em idosos.

O uso simultâneo com outros medicamentos que possam afetar os rins ou os ouvidos,  como diuréticos, antibióticos nefrotóxicos ou drogas antivirais, deve ser evitado, salvo sob rigoroso acompanhamento médico.

Gentamicina na gravidez e amamentação


A gentamicina não deve ser utilizada durante a gravidez sem orientação médica, pois pode causar danos auditivos irreversíveis ao feto. Durante a amamentação, o medicamento pode ser eliminado em pequenas quantidades no leite materno e provocar efeitos indesejados no bebê.

Por isso, cabe ao médico avaliar o risco-benefício e decidir entre suspender o tratamento ou interromper a amamentação temporariamente.

Orientações importantes antes do uso


  • A gentamicina deve ser administrada somente por profissionais habilitados;
  • O tratamento deve seguir exatamente a dose, intervalo e duração prescritos;
  • É essencial manter boa hidratação durante o uso;
  • O medicamento não deve ser misturado com outras substâncias no mesmo frasco;
  • Nunca se automedique! O uso incorreto pode causar resistência bacteriana e agravar a infecção.

Não se automedique!


Embora a gentamicina seja um antibiótico altamente eficaz no tratamento de infecções graves, o seu uso exige acompanhamento rigoroso devido aos riscos de toxicidade e às possíveis interações medicamentosas. Por isso, jamais deve ser utilizada sem prescrição.

A automedicação com antibióticos é perigosa e pode mascarar sintomas, atrasar o diagnóstico correto e favorecer o surgimento de bactérias resistentes, dificultando futuros tratamentos.

Diante de qualquer suspeita de infecção ou necessidade de uso da gentamicina, procure sempre um médico. Somente um profissional habilitado pode avaliar o quadro clínico, indicar o tratamento adequado e monitorar possíveis efeitos adversos, garantindo segurança e eficácia no cuidado com a saúde.

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